segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

HAI KAI GUILHOTINA, CARRASCOS E POESIA



Corre o machado
Escorre garganta abaixo
Um grito.

Olhares complacentes
Muito odiosos
Um triste.

Da lamina o fio
O sangue que acorda
Ao golpe mortal.

Olhar acima
A lâmina que corre
Último fôlego.

Um perdão
Quando desce o fio
Não para o golpe.

O grito impiedoso
Do amante infiel
Olhares trocados.

Fel e vinho
Ódio e perdão
Velocidade mortal.

Vão-se as dores
Roubam-se amores
Vermelho em cores


Nos corredores
Da dor maldita
O carrasco indomável

Corredores da dor
Maldito carrasco
Que espera.

A dor,
Corre;
O carrasco espera.

Serpenteia;
A lâmina desce,
Entrelaça.

Mãos guiam
A lâmina
Reta.

Deus...
O machado...
Em fim sem dor.

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