O passarinho abstrato
Cai na armadilha.
Por vezes sabiá somos,
Muitas outras, passarinheiro,
Ou algoz arapuca.
Mas, olhando o teatro
Da mais longa altura
Vemos que a cena
Confundi-se com o verso;
Prende-se ao leitor desavisado,
Por vezes somos sabiá.
Pequeno como um grão
De areia da praia.
Tão difícil de gravar,
Uma palavra em sua estrutura.
Sólido como o chão seco do sertão,
Extenso como o mar,
Límpido como a lua em Natal,
Doce e claro.
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